
Antes de tudo é preciso dar 2 avisos:
1 - o disco é tão datado, que, se a gente prestar bastante atenção, dá até pra descobrir que dias de 1978 eles gravaram o trabalho :-)
2 - a 5ª faixa (originalmente a 2ª do lado 2) foi claramente composta para tocar na rádio. Depois de uma introdução "mais-ou-menos", entra um tecladinho chulé repetindo o ritmo do refrão: "Nothing to loo-oo-oo-oose...". Muito chinfrim! Destoa de todo o resto.
Fora esses detalhes o disco é muito bom. Jobson e Bozzio são tão limpos e precisos que parecem máquinas tocando, e a voz de Wetton cai como uma luva em cima de tanto virtuosismo, principalmente na belíssima quase-balada Rendezvous 6:02 (tá vendo? Nem precisava fazer aquela música de trabalho lesco-lesco...).
Por causa da voz de Wetton e dos timbres-de-teclado-da-moda (da época), o álbum soa como uma mistura de King Crimson com Emerson, Lake & Palmer. Todas as faixas (obviamente com exceção da famigerada Nothing to Loose) são muito boas mas, ainda assim, dá pra destacar a última, Carrying No Cross, com suas partes cantadas soturnas e angustiadas separadas por uma ponte instrumental vibrante, onde Jobson mostra todo seu talento virtuosístico, criativo e também o dinheiro que gastou comprando todos os teclados da época ;-)
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