quinta-feira, 30 de agosto de 2007

ABBA (ABBA)

Parece-me que os arranjos dos primeiros álbuns do grupo eram mais ousados e as letras mais naïve e, à medida que os anos passavam, a instrumentação tendia a algo mais tradicional enquanto as letras se tornavam mais profundas. Neste 2º álbum que leva apenas o nome do quarteto sueco, certamente um dos melhores de sua carreira, temos alguns exemplos disso em Mamma Mia, onde um xilofone costura todo o arranjo e, na introdução/ponte instrumental, mantém um ostinato sobre o qual a guitarra "canta" a melodia da parte B da canção. Em Bang-A-Boomerang a música é levada praticamente só pelo baixo e a caixa da bateria. Em vez de pratos, os acentos são feitos num "bell-tree" (cacho de sinos). Isso abre espaço para que os teclados que fazem o tema da introdução fiquem com uma sonoridade super brilhante. Econômico e bem original.

Outra de minas preferidas, calcada num piano cheio de efeitos que o deixam a meio caminho de um instrumento acústico e um Fender Rhodes é a melancólica e angustiada S.O.S., cantada por Agnetha,a loura do grupo.

A semi-progressiva Intermezzo No.1, outra de minhas favoritas, é uma das duas únicas faixas instrumentais gravadas pelo grupo (a outra, Arrival, foi até regravada por Mike Oldfield em seu álbum QE2).

O CD que tenho vem com 2 faixas bônus: a tolinha Crazy World, sobre um sujeito que vê um homem saindo da casa de sua namorada e, depois do susto inicial, descobre que se tratava apenas do irmão da garota que havia voltado de viagem. Como disse, tolinha... Para terminar o único registro em discografia oficial do grupo fazendo covers, no caso um medley (Pick A Bale Of Cotton/On Top Of Old Smokey/Midnight Special) muito maneiro! Devia ser perfeito para encerrar os shows da banda... pode botar essa na minha lista também!

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