terça-feira, 27 de novembro de 2007
domingo, 25 de novembro de 2007
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
domingo, 18 de novembro de 2007
Shankar Family and Friends (Ravi Shankar)
Este álbum foi meu primeiro contato real com Ravi Shankar e com a música indiana de uma forma geral. Copiei-o com algumas poucas edições, de um vinil da tia de meu amigo Rodrigo Portugal, para um lado de uma fita K7 de 90 min (no outro lado estava "Natural Rhythms" do grupo Ancient Future). Alguns anos mais tarde, quis fazer uma transcrição do mesmo para um CD mas o vinil tinha se perdido. Tentei pegar emprestada a cópia de uma outra amiga, mas ela também não sabia o paradeiro de seu disco.
Passei anos procurando por este álbum até que consegui comprá-lo com uma amigo, dono de uma loja de discos. O vinil parecia novinho e com o encarte completo (em português!). Mas, à primeira audição, percebi que os sulcos do disco estavam muito gastos e as últimas faixas de cada lado tinham um nível de ruído insuportável. Transcrevi o álbum de qualquer jeito, mas não tinha nenhum prazer em ouví-lo...
Foi meu colega, Rafael Valle, quem o descobriu no SoulSeek. Mesmo assim, as versões das quais consegui o download tinham muito ruído ou estavam muito abafadas.
Finalmente, em 2010, foi lançado um box com este álbum, mais dois outros de Ravi Shankar em parceria com George Harrison e um DVD. Obviamente não perdi tempo e o adquiri!
Trata-se de um trabalho pouco convencional em se tratando de música indiana: tem uma canção bastante ocidental (em duas versões), algumas outras com origem na música folclórica da Índia e uma grande suíte composta por Ravi Shankar para um ballet imaginário.
Os arranjos mesclam uma diversidade incrível de instrumentos indianos e ocidentais, tanto acústicos como elétricos e eletrônicos, às vezes soando como jazz, rock, ou a trilha de George Martin para o filme "Yellow Submarine". Mas entenda-se: jazz, rock ou trilha sonora indianos...
Definitivamente não é um bom exemplo de música clássica indiana. Mas é um disco maravilhoso, exótico e surpreendente que, como aconteceu comigo, pode lhe abrir as portas do conhecimento para o universo musical da terra dos marajás...
Passei anos procurando por este álbum até que consegui comprá-lo com uma amigo, dono de uma loja de discos. O vinil parecia novinho e com o encarte completo (em português!). Mas, à primeira audição, percebi que os sulcos do disco estavam muito gastos e as últimas faixas de cada lado tinham um nível de ruído insuportável. Transcrevi o álbum de qualquer jeito, mas não tinha nenhum prazer em ouví-lo...
Foi meu colega, Rafael Valle, quem o descobriu no SoulSeek. Mesmo assim, as versões das quais consegui o download tinham muito ruído ou estavam muito abafadas.
Finalmente, em 2010, foi lançado um box com este álbum, mais dois outros de Ravi Shankar em parceria com George Harrison e um DVD. Obviamente não perdi tempo e o adquiri!
Trata-se de um trabalho pouco convencional em se tratando de música indiana: tem uma canção bastante ocidental (em duas versões), algumas outras com origem na música folclórica da Índia e uma grande suíte composta por Ravi Shankar para um ballet imaginário.
Os arranjos mesclam uma diversidade incrível de instrumentos indianos e ocidentais, tanto acústicos como elétricos e eletrônicos, às vezes soando como jazz, rock, ou a trilha de George Martin para o filme "Yellow Submarine". Mas entenda-se: jazz, rock ou trilha sonora indianos...
Definitivamente não é um bom exemplo de música clássica indiana. Mas é um disco maravilhoso, exótico e surpreendente que, como aconteceu comigo, pode lhe abrir as portas do conhecimento para o universo musical da terra dos marajás...
ver em:
clássicos,
Ravi Shankar,
Shankar Family and Friends
Everybody Loves a Happy Ending (Tears For Fears)
Conheci este grupo desde o seu comecinho, com Change que ouvi na saudosa Rádio Fluminense. Depois veio o mega sucesso do 2º álbum, a confirmação do sucesso com o 3º e... a dupla se dissolveu.
O trabalho do Tears For Fears continuou sob a batuta solo de Roland Orzabal. Todos os álbuns do grupo, duo ou solo, foram lançados no Brasil. E então, depois de 14 anos separados, em 2004 a dupla fundadora faz as pazes e lança um novo álbum. E aqui é que realmente começa minha resenha.
Everybody Loves a Happy Ending é, de longe, o melhor trabalho do grupo: melodias cativantes e vocais luxuriantes em canções marcantes. é como se fosse um The Seeds of Love melhorado.
O último álbum da dupla antes da dissolução havia emplacado 3 sucessos, mas, no resto, era um pouco morno. Em Everybody Loves a Happy Ending é difícil achar uma música mais fraca. Se alguma coisa pode ser falada contra, é o fato deles terem exacerbado ainda mais a influência dos Beatles neste álbum, mas isso também pode ser considerado um elogio... A faixa título, que abre o CD, até parece uma homenagem explícita a A Day in the Life dos rapazes de Liverpool.
Apesar de ter sido tarefa difícil, consegui destacar entre tantas canções incríveis, as 3 primeiras Everybody Loves a Happy Ending, Closest Thing to Heaven e Call Me Mellow, e as 2 últimas, Ladybird e Last Days on Earth.
Infelizmente, para a maioria do público de hoje, o Tears For Fears não passa de uma "uma banda dos anos 80" e, talvez por isso, o melhor disco da banda tenha passado longe da grande mídia. Uma pena, desta vez ficamos sem final feliz :-(
O trabalho do Tears For Fears continuou sob a batuta solo de Roland Orzabal. Todos os álbuns do grupo, duo ou solo, foram lançados no Brasil. E então, depois de 14 anos separados, em 2004 a dupla fundadora faz as pazes e lança um novo álbum. E aqui é que realmente começa minha resenha.
Everybody Loves a Happy Ending é, de longe, o melhor trabalho do grupo: melodias cativantes e vocais luxuriantes em canções marcantes. é como se fosse um The Seeds of Love melhorado.
O último álbum da dupla antes da dissolução havia emplacado 3 sucessos, mas, no resto, era um pouco morno. Em Everybody Loves a Happy Ending é difícil achar uma música mais fraca. Se alguma coisa pode ser falada contra, é o fato deles terem exacerbado ainda mais a influência dos Beatles neste álbum, mas isso também pode ser considerado um elogio... A faixa título, que abre o CD, até parece uma homenagem explícita a A Day in the Life dos rapazes de Liverpool.
Apesar de ter sido tarefa difícil, consegui destacar entre tantas canções incríveis, as 3 primeiras Everybody Loves a Happy Ending, Closest Thing to Heaven e Call Me Mellow, e as 2 últimas, Ladybird e Last Days on Earth.
Infelizmente, para a maioria do público de hoje, o Tears For Fears não passa de uma "uma banda dos anos 80" e, talvez por isso, o melhor disco da banda tenha passado longe da grande mídia. Uma pena, desta vez ficamos sem final feliz :-(
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
terça-feira, 13 de novembro de 2007
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Ambient 1 Music For Airports (Brian Eno)
Não me lembro bem como cheguei a este disco, mas tenho quase certeza de que foi através de uma resenha em alguma revista especializada (talvez a extinta "Somtrês").
À primeira audição das 4 faixas do álbum, o disco me pareceu apenas interessante. Mas, com o passar dos anos, este álbum acabou por se tornar uma influência obsessiva em meu trabalho...
O álbum possui apenas 4 composições (1/1, 1/2, 2/1 e 2/2) onde Eno sobrepôs o resultado de vários anéis de fita, de cumprimento diferente e cada um com uma sequência de notas, tocados simultaneamente. O resultado são músicas onde fragmentos de melodias são sobrepostos e repetidos à exaustão, mas, como os loops têm duração diferente, as pequenas sequências se combinam de modo que o mesmo trecho não se repete mesmo depois de 17 min de duração!
A tentativa de criação de algo que tenha o mesmo resultado pseudo-aleatório destas peças de Eno e a sobreposição de "tempos" diferentes, tornaram-se, para mim, uma obsessão recorrente que pode ser percebida em várias de minhas composições:
- nos vocais da abertura e encerramento de "vozes...vozes..." e na base minimalista do solo de flauta de "Limites", ambas de meu CD "Triz";
- na vinheta "Limbo"que abriu meu show no Theatro Municipal de Niterói em setembro de 2005
http://www.youtube.com/watch?v=6i2ZGpy2BSQ
- nas peças "A Time for US", Ëncontros & Despedidas" e "Adeusa", de meu repertório (digamos assim...) erudito.
- numa trilha que fiz para o documentário "Unindo Corações".
Há muitos trabalhos que mudaram minha forma de perceber ou conceber música. Esse não teve um 1º contato tão impactante, mas foi, sem dúvida um dos mais influentes.
À primeira audição das 4 faixas do álbum, o disco me pareceu apenas interessante. Mas, com o passar dos anos, este álbum acabou por se tornar uma influência obsessiva em meu trabalho...
O álbum possui apenas 4 composições (1/1, 1/2, 2/1 e 2/2) onde Eno sobrepôs o resultado de vários anéis de fita, de cumprimento diferente e cada um com uma sequência de notas, tocados simultaneamente. O resultado são músicas onde fragmentos de melodias são sobrepostos e repetidos à exaustão, mas, como os loops têm duração diferente, as pequenas sequências se combinam de modo que o mesmo trecho não se repete mesmo depois de 17 min de duração!
A tentativa de criação de algo que tenha o mesmo resultado pseudo-aleatório destas peças de Eno e a sobreposição de "tempos" diferentes, tornaram-se, para mim, uma obsessão recorrente que pode ser percebida em várias de minhas composições:
- nos vocais da abertura e encerramento de "vozes...vozes..." e na base minimalista do solo de flauta de "Limites", ambas de meu CD "Triz";
- na vinheta "Limbo"que abriu meu show no Theatro Municipal de Niterói em setembro de 2005
http://www.youtube.com/watch?v=6i2ZGpy2BSQ
- nas peças "A Time for US", Ëncontros & Despedidas" e "Adeusa", de meu repertório (digamos assim...) erudito.
- numa trilha que fiz para o documentário "Unindo Corações".
Há muitos trabalhos que mudaram minha forma de perceber ou conceber música. Esse não teve um 1º contato tão impactante, mas foi, sem dúvida um dos mais influentes.
ver em:
Ambient 1 Music For Airports,
Brian Eno,
clássicos,
revisado
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
Todd Rundgren's Utopia, Todd Rundgren
Ouvi uma faixa deste álbum na falecida rádio on-line Pandora (a rádio ainda existe mas o acesso à ela pelo Brasil foi cancelado...) e achei interessante. Li umas resenhas sobre ele na Amazon e resolvi catá-lo na Internet para conhecê-lo um pouco melhor. É... bem... não era exatamente o que eu esperava. Algumas resenhas tratavam o disco como progressivo talvez por ter apenas 4 faixas, uma deles com 30min, mas a 5ª sinfonia de Beethoven deve ter mais ou menos isso e até hoje ninguém apresentou este compositor como precursor do progressivo... A Utopia de Rundgren está mais para um jazz-rock, e mesmo assim um dos mais básicos.
A última faixa, The Ikon, a tal de 30 min, até tem umas partes interessantes mas funcionaria melhor como pequenas canções. Bem descrito num site da Connolly & Co. (o que vem a ser isso?) http://www.connollyco.com/discography/utopia/rundgrens.html , Todd resolveu curtir uma de Zappa, montou uma banda com 3 tecladistas mas nenhum era um George Duke e também não havia uma Ruth Underwood nas percussões para fazer o trabalho decolar. Talvez por isso tenha sido batizado de utopia...
A última faixa, The Ikon, a tal de 30 min, até tem umas partes interessantes mas funcionaria melhor como pequenas canções. Bem descrito num site da Connolly & Co. (o que vem a ser isso?) http://www.connollyco.com/discography/utopia/rundgrens.html , Todd resolveu curtir uma de Zappa, montou uma banda com 3 tecladistas mas nenhum era um George Duke e também não havia uma Ruth Underwood nas percussões para fazer o trabalho decolar. Talvez por isso tenha sido batizado de utopia...
ver em:
revisado,
Todd Rundgren,
Todd Rundgren's Utopia
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Pawn Hearts (Van Der Graaf Generator)
Os fãs de progressivo mais radicais me perdoem mas não consigo achar esse álbum grande coisa. Já o comprei em vinil há alguns anos mas levei gato por lebre pois me disseram: "Você, que é fã do Gentle Giant, vai adorar esse trabalho": até hoje não entendi o que um tem a ver com o outro, fora o fato de serem contemporâneos e conterrâneos. Aliás, por causa de suas canções longuíssimas mas de arranjos razoavelmente simples, acho que está muito mais próximo do psicodelismo do Unmagumma (Pink Floyd), por exemplo. Eu gosto de arranjos com ritmos complexos, um monte de instrumentos diferentes, boas melodias ou qualquer coisa que me surpreenda, e, fora uns climas sombrios e efeitos sonoros, este disco não tem nada disso. Pra piorar, a voz e o estilo meio desafinado de cantar de Peter Hammill não me soa muito agradável, apesar de combinar com as letras sombrias. Aliás, quem acha que o Fish (primeiro vocalista do Marillion) era uma cópia do Peter Gabriel deveria ver a incrível semelhança de sua voz e jeito de cantar com a deste outro Peter... Acabei devolvendo o disco ao vendedor e trocando por outra coisa.
Em junho de 2007, numa compra grande numa loja de usados, resolvi dar outra chance ao álbum, desta vez em versão em CD, e de vez em quando dou uma escutada para ver se ele me conquista (como no caso do Bedside Manners Are Extra do Greenslade, que acabou sendo o álbum que mais ouvi desde a criação deste blog...). Até agora eu o considero só passável, mas vou continuar dando chances a ele de vez em quando, sabe como é: eu sou brasileiro, eu não desisto nunca... ;-)
Em junho de 2007, numa compra grande numa loja de usados, resolvi dar outra chance ao álbum, desta vez em versão em CD, e de vez em quando dou uma escutada para ver se ele me conquista (como no caso do Bedside Manners Are Extra do Greenslade, que acabou sendo o álbum que mais ouvi desde a criação deste blog...). Até agora eu o considero só passável, mas vou continuar dando chances a ele de vez em quando, sabe como é: eu sou brasileiro, eu não desisto nunca... ;-)
ver em:
Pawn Hearts,
revisado,
Van Der Graaf Generator
terça-feira, 6 de novembro de 2007
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
domingo, 4 de novembro de 2007
Messiaen: Turangalila-Symphonie; Lutoslawski: Symphony No. 3 (vários) 2 vezes
Faz muito tempo que queria conhecer a famosa Sinfonia Turangalîla de Olivier Messiaen que deu nome à banda da qual fiz parte no começo dos anos 90. Não sou um grande colecionador de música erudita, apesar de minha graduação em composição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Por isso, nunca esbarrei com esta obra por um preço viável nos sebos que freqüento. Confesso que, depois de conhecer o Catalogue d'oiseaux ("Catálogo de pássaros"), para piano solo, gravado pela Jocy de Oliveira, fiquei temeroso de investir no que seria um CD duplo importado (só a Sinfonia Turangalîla tem mais de 1h 15 min de duração!). Por isso, consegui uma versão em mp3 (temporária!!!) deste álbum.
Como não fazia há muito tempo com qualquer tipo de música, parei exclusivamente para ouví-la, dividindo minha atenção no máximo com as observações que encontrei na Wikipedia sobre seus 10 movimentos (!!!).
É uma obra longa, de música contemporânea e, por isso tudo, não é pra qualquer um ou pra qualquer hora. Confesso que o texto da Wikipedia, a ligação afetiva com a peça e o reconhecimento de diversas citações que meu parceiro Lôis Lancaster fez no trabalho com nossa banda homônima me ajudaram a simpatizar de cara com a peça. Mas vou precisar ouví-la muito mais vezes para conhecê-la melhor.
Quanto à Lutoslawski, só o conhecia de nome, o que já é grande coisa para um compositor contemporâneo russo. Resolvi deixar suas Les Espaces du Sommeil (de 1975) e Sinfonia nº3 (de 1983) tocando enquanto escrevia esta resenha. A primeira, para barítono e orquestra, não me chamou muito a atenção mas sua 3ª sinfonia me pareceu bem interessante. Também, só o tamanho do naipe de percussão já seria suficiente para me fazer gostar dela... ;-)
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