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Neste álbum Mike Oldfield faz intenso uso de teclados, sintetizadores e baterias eletrônicas, mas não deixa de lado sua guitarra, e os instrumentos acústicos como o violão e bandolim continuam com destaque.
As faixas não são tão longas como as de seus 4 primeiros álbuns (todas durando um lado de LP) mas se desenvolvem bem sem carências ou exageros.
Mike recebeu algumas críticas negativas por ter incluído versões de 2 músicas de grupos pop no álbum: Arrival do ABBA e Wonderful Land de The Shadows. Críticas preconceituosas e injustas, diga-se de passagem. As faixas (como suas originais) são instrumentais, não destoam nem ficam devendo nada ao resto do álbum.
O disco é bem homogêneo e todo bom, mas vale a pena destacar algumas das faixas:
Taurus I (a 1ª): abre com o 1º tema num bandolim bem folk. A 2ª parte, bastante marcial, carregada por guitarras distorcidas e raivosas (o termo "iradas" caberia muito bem aqui...) e, depois de uma ponte bem contemplativa, termina com uma parte vibrante misturando teclados, bandolins e vozes.
Sheba (a 2ª): os arranjos para a voz suave de Maggie Reily e o bom-gosto no uso do Vocoder (equipamento que entre outras coisas é usado para modular instrumentos em dicção fazendo-os parecer que falam) são a base desta faixa que tem letra indefinida com sonoridade tribal.
QE2 (a 7ª): tem um certo clima do Bolero de Ravel: começa pianíssimo e vai crescendo em dinâmica e vibração com destaque para a seção de metais no meio (que inclui o brasileiro Raul D'Oliveira no trompete). Porém, diferente do tom marcial do Bolero, QE2 (de "Queen Elizabeth II" o transatlântico) é bastante festiva e leve.
De uma forma geral, o CD é muito bem arranjado, os temas são bastante "cantabiles" e o clima geral bastante "ensolarado". Depois de tanto tempo enfurnado na prateleira, acabou virando um de meus preferidos...
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