quarta-feira, 31 de outubro de 2007
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Tales From Topographic Oceans (Yes)
Este é um dos mais ousados álbuns do Yes, ou, se preferir, um dos mais "viagem"... Levei algum tempo para apreciá-lo e, ainda hoje, não é um de meus preferidos. É difícil acreditar que em apenas 8 meses um álbum duplo com somente 4 faixas de, em média, 20 min cada, pode sair da simples idéia à mixagem final e ser suficientemente amadurecido, coerente e bem acabado. E não foi o que aconteceu neste caso.
Apesar do que disse no parágrafo acima, o álbum tem excelentes momentos, em particular no segundo disco. As linhas de guitarra de Steve Howe em The Ancient: Giants Under the Sun soam bizarras e exóticas e conseguem realmente evocar outras culturas, civilizações perdidas e talvez até extra-terrestres! Depois, com um violão de (cordas de) nylon, ele faz a parte final com uma candura e simplicidade de uma canção renascentista.
Finbalmente em Ritual: Nous Sommes du Soleil a banda e a música parecem um pouco mais coesas apeasr da participação estranhamente discreta do tecladista Rick Wakeman, dado a estrelismos e apresentações espalhafatosas. Talvez por tudo isso, tenha se cansado e largado a banda depois deste trabalho...
Apesar do que disse no parágrafo acima, o álbum tem excelentes momentos, em particular no segundo disco. As linhas de guitarra de Steve Howe em The Ancient: Giants Under the Sun soam bizarras e exóticas e conseguem realmente evocar outras culturas, civilizações perdidas e talvez até extra-terrestres! Depois, com um violão de (cordas de) nylon, ele faz a parte final com uma candura e simplicidade de uma canção renascentista.
Finbalmente em Ritual: Nous Sommes du Soleil a banda e a música parecem um pouco mais coesas apeasr da participação estranhamente discreta do tecladista Rick Wakeman, dado a estrelismos e apresentações espalhafatosas. Talvez por tudo isso, tenha se cansado e largado a banda depois deste trabalho...
Led Zeppelin (Led Zeppelin)
Não resisti a uma promoção das Lojas Americanas e comprei este, o II e o Houses of the Holy (que já tinha em vinil).
Ainda não me familiarizei com o álbum mas me pareceu um bom apanhado de blues (de inglês...) com destaque para I Can't Quit You Baby que já conhecia. Fico devendo uma resenha mais elaborada...
Ainda não me familiarizei com o álbum mas me pareceu um bom apanhado de blues (de inglês...) com destaque para I Can't Quit You Baby que já conhecia. Fico devendo uma resenha mais elaborada...
terça-feira, 23 de outubro de 2007
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
terça-feira, 16 de outubro de 2007
QE2 (Mike Oldfield)
Já o tinha em vinil e o achava legal, mas ficou hibernando depois que me mudei e aposentei a pick-up. Com o advento da Internet voltei a escutá-lo em mp3 e acabei comprando o CD. Virou uma febre, acho que entre junho e agosto deste ano ouvi este álbum numa média de 3 vezes por semana. No começo essa média era diária, mas agora, que já decorei o álbum, fiquei um pouco mais tranqüilo
;-)
Neste álbum Mike Oldfield faz intenso uso de teclados, sintetizadores e baterias eletrônicas, mas não deixa de lado sua guitarra, e os instrumentos acústicos como o violão e bandolim continuam com destaque.
As faixas não são tão longas como as de seus 4 primeiros álbuns (todas durando um lado de LP) mas se desenvolvem bem sem carências ou exageros.
Mike recebeu algumas críticas negativas por ter incluído versões de 2 músicas de grupos pop no álbum: Arrival do ABBA e Wonderful Land de The Shadows. Críticas preconceituosas e injustas, diga-se de passagem. As faixas (como suas originais) são instrumentais, não destoam nem ficam devendo nada ao resto do álbum.
O disco é bem homogêneo e todo bom, mas vale a pena destacar algumas das faixas:
Taurus I (a 1ª): abre com o 1º tema num bandolim bem folk. A 2ª parte, bastante marcial, carregada por guitarras distorcidas e raivosas (o termo "iradas" caberia muito bem aqui...) e, depois de uma ponte bem contemplativa, termina com uma parte vibrante misturando teclados, bandolins e vozes.
Sheba (a 2ª): os arranjos para a voz suave de Maggie Reily e o bom-gosto no uso do Vocoder (equipamento que entre outras coisas é usado para modular instrumentos em dicção fazendo-os parecer que falam) são a base desta faixa que tem letra indefinida com sonoridade tribal.
QE2 (a 7ª): tem um certo clima do Bolero de Ravel: começa pianíssimo e vai crescendo em dinâmica e vibração com destaque para a seção de metais no meio (que inclui o brasileiro Raul D'Oliveira no trompete). Porém, diferente do tom marcial do Bolero, QE2 (de "Queen Elizabeth II" o transatlântico) é bastante festiva e leve.
De uma forma geral, o CD é muito bem arranjado, os temas são bastante "cantabiles" e o clima geral bastante "ensolarado". Depois de tanto tempo enfurnado na prateleira, acabou virando um de meus preferidos...
;-)
Neste álbum Mike Oldfield faz intenso uso de teclados, sintetizadores e baterias eletrônicas, mas não deixa de lado sua guitarra, e os instrumentos acústicos como o violão e bandolim continuam com destaque.
As faixas não são tão longas como as de seus 4 primeiros álbuns (todas durando um lado de LP) mas se desenvolvem bem sem carências ou exageros.
Mike recebeu algumas críticas negativas por ter incluído versões de 2 músicas de grupos pop no álbum: Arrival do ABBA e Wonderful Land de The Shadows. Críticas preconceituosas e injustas, diga-se de passagem. As faixas (como suas originais) são instrumentais, não destoam nem ficam devendo nada ao resto do álbum.
O disco é bem homogêneo e todo bom, mas vale a pena destacar algumas das faixas:
Taurus I (a 1ª): abre com o 1º tema num bandolim bem folk. A 2ª parte, bastante marcial, carregada por guitarras distorcidas e raivosas (o termo "iradas" caberia muito bem aqui...) e, depois de uma ponte bem contemplativa, termina com uma parte vibrante misturando teclados, bandolins e vozes.
Sheba (a 2ª): os arranjos para a voz suave de Maggie Reily e o bom-gosto no uso do Vocoder (equipamento que entre outras coisas é usado para modular instrumentos em dicção fazendo-os parecer que falam) são a base desta faixa que tem letra indefinida com sonoridade tribal.
QE2 (a 7ª): tem um certo clima do Bolero de Ravel: começa pianíssimo e vai crescendo em dinâmica e vibração com destaque para a seção de metais no meio (que inclui o brasileiro Raul D'Oliveira no trompete). Porém, diferente do tom marcial do Bolero, QE2 (de "Queen Elizabeth II" o transatlântico) é bastante festiva e leve.
De uma forma geral, o CD é muito bem arranjado, os temas são bastante "cantabiles" e o clima geral bastante "ensolarado". Depois de tanto tempo enfurnado na prateleira, acabou virando um de meus preferidos...
Uakti II (Uakti)
Meu 1º contato com o Uakti, foi através do documentário "Uakti - Oficina Experimental" de Rafael Conde que passou na TV educativa no final da década de 80. Lembro que pedi minha prima para gravá-lo (em VHS...) porque não poderia assistí-lo no dia. A fita, o aparelho, o sinal da TVE ou uma combinação destes era tão ruim, que o resultado foi uma imagem toda distorcida, cheia de ruídos e que mal dava pra identificar o que estava no filme. Mas foi o suficiente para eu sair caçando os álbuns do grupo pelas lojas de discos da cidade. Depois disso vieram as apresentações do grupo, os workshops e, finalmente a participação de um dos integrantes, o flautista Artur Andrés, em 2 faixas de meu CD.
Mas deixem-me falar sobre o álbum em questão: Uakti II é o 2º álbum do grupo, mas o 1º que adquiri. Não sei se isso influenciou minha opinião, mas, até hoje, é de todos o meu preferido.
O álbum abre com Canto de Iarra - Dança das Espadas, com o lamento da Iarragunga*, irmã exótica do cello, arrastando uma sonoridade com cores de caatinga até o meio da faixa. Em seguida, o violão entra com as percussões e um baixo ostinato no piano num andante bastante assertivo.
Em seguida vem o arranjo do ex-integrante, Bento Menezes, para o tema Cio da Terra, de Milton Nascimento.
Arabesque tem um tema bastante nervoso em 7/8, que se alterna com outro em 4/4 bastante lírico.
Cartiano Marra é uma verdadeira faixa de demonstração da família Pan*, série de instrumentos feitos de tubos de PVC.
Passo da Lua, originalmente a 2ª faixa do lado B do disco, é a minha preferida do álbum e uma de minhas favoritas de todo o repertório do grupo. Os temas da flauta e a linha precisa de baixo tocada no piano, já seriam suficientes para me cativar. Mas, no meio da faixa entra uma seção super bem arranjada só com instrumentos de percussão que transforma a peça no que eu poderia classificar como "música perfeita".
Barroca tem um tema bem interessante em 11/8, que, numa estrutura bem simples, vai criando uma tensão ascendente que desemboca numa segunda parte bem movimentada para ir depois se aquietando até parar.
Assim como havia sido feito com a famíla Pan, em Marimba D'Angelim* o instrumento que dá nome a faixa é o solista. No final da mesma, há uma pequena seção que parece apontar para uma nova parte mas acaba bruscamente deixando o ouvinte em suspenso.
Infelizmente este álbum permanece fora de catálogo até hoje por questões contratuais com a antiga gravadora. Tenho esperanças de que isso um dia acabe e possamos tê-lo novamente acessível aos fãs mais novos do grupo.
*instrumentos criados pelo diretor musical do grupo, Marco Antônio Guimarães.
Mas deixem-me falar sobre o álbum em questão: Uakti II é o 2º álbum do grupo, mas o 1º que adquiri. Não sei se isso influenciou minha opinião, mas, até hoje, é de todos o meu preferido.
O álbum abre com Canto de Iarra - Dança das Espadas, com o lamento da Iarragunga*, irmã exótica do cello, arrastando uma sonoridade com cores de caatinga até o meio da faixa. Em seguida, o violão entra com as percussões e um baixo ostinato no piano num andante bastante assertivo.
Em seguida vem o arranjo do ex-integrante, Bento Menezes, para o tema Cio da Terra, de Milton Nascimento.
Arabesque tem um tema bastante nervoso em 7/8, que se alterna com outro em 4/4 bastante lírico.
Cartiano Marra é uma verdadeira faixa de demonstração da família Pan*, série de instrumentos feitos de tubos de PVC.
Passo da Lua, originalmente a 2ª faixa do lado B do disco, é a minha preferida do álbum e uma de minhas favoritas de todo o repertório do grupo. Os temas da flauta e a linha precisa de baixo tocada no piano, já seriam suficientes para me cativar. Mas, no meio da faixa entra uma seção super bem arranjada só com instrumentos de percussão que transforma a peça no que eu poderia classificar como "música perfeita".
Barroca tem um tema bem interessante em 11/8, que, numa estrutura bem simples, vai criando uma tensão ascendente que desemboca numa segunda parte bem movimentada para ir depois se aquietando até parar.
Assim como havia sido feito com a famíla Pan, em Marimba D'Angelim* o instrumento que dá nome a faixa é o solista. No final da mesma, há uma pequena seção que parece apontar para uma nova parte mas acaba bruscamente deixando o ouvinte em suspenso.
Infelizmente este álbum permanece fora de catálogo até hoje por questões contratuais com a antiga gravadora. Tenho esperanças de que isso um dia acabe e possamos tê-lo novamente acessível aos fãs mais novos do grupo.
*instrumentos criados pelo diretor musical do grupo, Marco Antônio Guimarães.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
One Truth (Omar Faruk Tekbilek)
domingo, 7 de outubro de 2007
Marquis de Sade (Lalo Schifrin)
Uma correção: o nome verdadeiro deste álbum é "The dissection and reconstruction of music from the past as performed by the inmates of Lalo Schifrin´s demented ensemble as a tribute to the memory of the Marquis de Sade" , mas, obviamente, o título era muito grande para ser colocado no campo do blog...
Este álbum é incrível! Talvez um dos meus 10 álbuns preferidos de todos os tempos! O compositor e pianista argentino conseguiu capturar a essência da música barroca e renascentista e amalgamá-la com o jazz, o blues e a bossa-nova entre outros. Muito mais do que simplesmente tocar alguma peça de Bach com uma levada de jazz, ele compôs peças originais que conseguem integrar características aparentemente tão díspares quanto as das músicas de vários séculos de separação.
Old Laces e The Wig que abrem o álbum já dão todo o clima do que vem a seguir. A primeira começa com uma levada de jazz guiando uma flauta super comportada e sóbria que assim segue até a parte do improviso, onde se alterna com uma guitarra num clima bem bluesy. A segunda faixa, bem animada, uma peça típica para big bands americanas, é a mais famosa do disco. Foi, inclusive, usada por vários anos no comercial de uma certa loja de vidros e molduras. Música de Schifrin para um comercial "chinfrin"... Perdão pelo trocadilho infame, mas a faixa é muito boa, talvez a minha preferida.
Outra que vale a pena destacar é Renaissance, que começa com um violão clássico numa típica peça renascentista para alaúde e corta para uma levada super suingada para um quarteto de jazz (piano, baixo, guitarra, bateria). Sempre no início de cada repetição, um pequeno interlúdio de 4 compassos lembra o porquê do título da faixa.
Este disco é super inteligente e bem feito sob aspectos musicais. Mas para qualquer leigo, seu alto astral e suingue são marcantes. Pena que seja tão curto (tem pouco mais do que 30 min). Enfim, ele é tão bom que não consigo acreditar que levou tanto tempo para ser lançado em CD. E isso só aconteceu graças aos japoneses. Eu o tinha em vinil e fiquei anos procurando-o nesta mídia mais moderna.
Este álbum é incrível! Talvez um dos meus 10 álbuns preferidos de todos os tempos! O compositor e pianista argentino conseguiu capturar a essência da música barroca e renascentista e amalgamá-la com o jazz, o blues e a bossa-nova entre outros. Muito mais do que simplesmente tocar alguma peça de Bach com uma levada de jazz, ele compôs peças originais que conseguem integrar características aparentemente tão díspares quanto as das músicas de vários séculos de separação.
Old Laces e The Wig que abrem o álbum já dão todo o clima do que vem a seguir. A primeira começa com uma levada de jazz guiando uma flauta super comportada e sóbria que assim segue até a parte do improviso, onde se alterna com uma guitarra num clima bem bluesy. A segunda faixa, bem animada, uma peça típica para big bands americanas, é a mais famosa do disco. Foi, inclusive, usada por vários anos no comercial de uma certa loja de vidros e molduras. Música de Schifrin para um comercial "chinfrin"... Perdão pelo trocadilho infame, mas a faixa é muito boa, talvez a minha preferida.
Outra que vale a pena destacar é Renaissance, que começa com um violão clássico numa típica peça renascentista para alaúde e corta para uma levada super suingada para um quarteto de jazz (piano, baixo, guitarra, bateria). Sempre no início de cada repetição, um pequeno interlúdio de 4 compassos lembra o porquê do título da faixa.
Este disco é super inteligente e bem feito sob aspectos musicais. Mas para qualquer leigo, seu alto astral e suingue são marcantes. Pena que seja tão curto (tem pouco mais do que 30 min). Enfim, ele é tão bom que não consigo acreditar que levou tanto tempo para ser lançado em CD. E isso só aconteceu graças aos japoneses. Eu o tinha em vinil e fiquei anos procurando-o nesta mídia mais moderna.
ver em:
clássicos,
Lalo Schifrin,
Marquis de Sade,
revisado
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Assinar:
Postagens (Atom)